Seguindo o planejamento do tópico sobre Mitologia, venho a vós trazer o conteúdo sobre a Mitologia Nórdica.
Aproveitem as histórias.
Índice
* Introdução
* Mitologia Nórdica
* Valhala
* As Valquírias
* Sobre Thor e outros Deuses
* Sobre Loki e sua descendência
* Como Thor pagou ao gigante da montanha seu salário
* A recuperação do Martelo
* Os elfos
* Letras Rúnicas
* Ragnarok (O crepúsculo dos deuses)
* Rei e Heróis
* Seres e Monstros Relacionados
* Dados Bibliográficos.
Não preciso repetir o anterior, não é? Não é necessário, novamente, dizer que: “Tibia é um jogo baseado em monstros e histórias sobre mitologias do mundo[...]”.
Neste tópico, você aprendera sobre a Mitologia Nórdica, uma fonte de mistérios e aventuras repletas de esplendor.
Aprendera mais um pouco sobre o passado dos países nórdicos e suas crenças.
Aproveite bem o escrito abaixo.
Boa Leitura.
Existe um outro ramo de antigas superstições que não podem ser totalmente ignoradas, especialmente porque pertencem às nações das quais nós, através de nossos ancestrais ingleses, tivemos nossa origem: trata-se da mitologia dos povos nórdicos, chamados escandinavos, que viviam nas terras que hoje pertencem à Suécia, Dinamarca, Noruega e Islândia. Os registros da mitologia nórdica estão contidos em duas coleções denominas Edas, a mais antiga é apresentada em forma de poesia e data de 1056, enquanto a mais moderna, em prosa, é de 1640.
De acordo com as Edas, houve um tempo em que não existia céu acima nem terra a baixo, mas apenas um abismo sem fundo, e um mundo coberto pela bruma no meio do qual flutuava uma fonte. Doze rios saiam dessa fonte, e quando já haviam corrido para longe de sua nascente congelavam-se, preenchendo o grande abismo em camadas sobrepostas.
Ao sul do mundo de bruma situava-se o mundo de luz, do qual soprava um vento quente sobre o gelo, derretendo-o. As brumas elevaram-se na atmosfera e formaram nuvens, das quais surgiu Ymir, o gigante de gelo, e sua descendência, a vaca Audumbla, cujo leite garantiu a nutrição do gigante. A vaca, por sua vez, alimentava-se lambendo o gelo do qual retirava a água e o sal. Certo dia, enquanto o animal lambia as pedras de sal, apareceu ali o cabelo de um homem; no dia seguinte, a cabeça inteira, no terceiro, o corpo completo, dotado de beleza, agilidade e força. Esse novo ser era um deus; dele e da esposa, uma filha da raça dos gigantes, nasceram três irmãos: Odin, Vili e Vê, que mataram o gigante Ymir, e com a substância do corpo formaram a terra; do sangue fizeram os mares; dos ossos, as montanhas; dos cabelos, as arvores; do crânio, os céus; e do cérebro, as nuvens, carregadas de granizo e de neve. Das sobrancelhas de Ymir os deuses criaram o Midgard (terra média), destinada a se tornar a morada dos homens.
Então Odin separou os períodos do dia e da noite e distinguiu as estações, colocando no céu o sol e a lua, traçando-lhes os respectivos cursos. Assim que o sol começou a lançar os seus raio sobre a terra fez que os vegetais brotassem e crescessem. Logo que os deuses haviam criado o mundo, saíram para passear junto à costa marítima, satisfeitos com seus feitos novos, mas depressa viram que a obra ainda estava incompleta, porque não havia nela o ser humano. Apanharam, então, um freixo e dele fizeram um homem, e fizeram uma mulher a partir de um álamo, dando ao homem o nome de Aske, e a mulher o de Embla. Em seguida, Odin deu-lhes a vida e a alma, Vili deu-lhes a razão e a locomoção, e Vê dotou-lhes de sendos, características expressivas e o discurso. Midgard foi-lhes entregue, então, como sua morada, e eles se fizeram progenitores do gênero humano.
Acreditava-se que o universo inteiro era sustentado pelo poderoso freixo Ygdrasil. Ele florescera a partir do corpo de Ymir, e possuía três imensas raízes que se infiltravam pelo Asgard (a habitação dos deus), outra pelo Jotunheim (habitação dos gigantes) e a terceira pelo Niffleheim (regiões das trevas e do frio). Ao lado de cada uma dessas raízes havia uma fonte que as regava. A raiz que penetrava no Asgard era cuidadosamente tratada pelas três norns, deusas as quais o destino pertence. Eram Urdur (o passado), Verdande (o presente) e Skuld (o futuro). A fonte do lado de Jotunheim era o poço de Ymir, no qual se escondiam a sabedoria e a inteligência, mas a que estava ao lado de Niffleheim nutria Nidhogge (a escuridão), que corroia a raiz perpetuamente. Quatro cervos corriam sobre os galhos da árvores e mordiam os brotos: eles representavam os quatro ventos. Sob a árvore, estendia-se Ymir, e quando este procurava livrar-se de seu peso, a terra tremia.
Asgard é o nome da habitação dos deuses, cuja única forma de acesso se da pela ponte Bifrost (Arco-iris). Asgard consiste de palácios de ouro e prata, o mais belo deles é o Valhala, onde habitava Odin, que, estando sentado em seu trono, avista a vastidão do céu e a terra inteira. Em seus ombros estão os corvos Hugin e Munin, que voam durante o dia sobre o mundo e, quando retornam, contam ao deus tudo o que viram e ouviram. A seus pés deitam-se dois lobos, Geri e Freki, que recebem de Odin toda a carne que lhe é oferecida, já que ele não tem necessidade de se alimentar, a na ser com hidromel, que lhe serve tanto de comida quanto de bebida. Odin inventou os caracteres rúnicos, e faz parte dos afazeres das norms gravar as runas dos destinos sobre uma placa de metal. Do nome Odin, as vezes pronunciado Woden, veio o termo Wednesday, que designa o quarto dia da semana na língua inglesa.
Odin é freqüentemente chamado de Alfahur (Todo-Pai), mas esse nome é algumas vezes usado de tal modo a demonstrar que os escandinavos acreditavam numa divindade superior a Odin, incriada e eterna.
Valhala é o grande átrio da morada de Odin, local em que ele promove suas festas com os heróis escolhidos, todos aqueles que caíram bravamente na batalha, porque os que tem uma morte pacifica são excluidos de seu convívio. Aos convivas é fartamente servida a carne de javali Schrinnir, pois, embora este mesmo javali seja cozido todas as manhas, paras as refeições, durante a noite a sua carne se regenera. Para a bebida os heróis dispõem de abundante hidromel, que é fornecido pela cabra Heidrum. Sempre que os heróis não estão reunidos para festejar, divertem-se lutando. Diariamente dirigem-se a quadra ou ao campo e lutam ate se despedarem uns aos outros. Esse é o seu passatempo, mas quando a hora da refeição se aproxima, recuperam-se de seus ferimentos e voltam para as festas de Valhala.
As valquirias eram virgens guerreiras que montavam seus cavalos armadas com capacetes e lanças. Odin, desejoso de reunir um grande numero de heróis em Valhala a fim de poder enfrentar os gigantes no dia da batalha final, escolhia aqueles que deveriam ser mortos. As valquirias são as suas mensageiras e seu nome significa “as que escolhem os que vão morrer”. Quando elas cavalgavam pelos campos suas armas emitia um estranho brilho bruxoleante, que iluminavam os céus nórdicos, produzindo aquilo que conhecemos como Aurora Boreal ou Luzes Nórdicas.
Sobre Thor e outros Deuses
Thor, o soberano dos trovões e filho mais velho de Odib, era o mais forte entre os deuses e os homensm e possuía três objetos muito valiosos. O primeiro era o seu martelo, que o gigante Gelo e os gigantes da Montanha conhecem de perto, vendo Thor lança-lo no ar contra eles, pois o martelo já partiu muitos crânios de seus pais e parentes. Omartelo era dotado do poder de retornar automaticamente às mãos de Thor sempre que lançado. O segundo objeto precioso que Thor possuía era conhecido como o cinturão da força, que, quando vestido Poe ele redobrava-lhe o poder divino. A terceira preciosidade era o par de luvas de ferro que Thor usava para manejar o martelo com maior eficiência.
Curiosidade: O nome do quinto dia da semana na língua inglesa, Thursday, é derivado do nome de Thor
Frey era um dos deuses mais celebres. Presidia a chuva, o brilho do sol e todos os frutos da terra. Sua irmã, Freya, era a mais propicia das deusas. Amava a musica, a primavera e as flores, e de modo especial os elfos. Estimava sobremodo as canções de amor, e todos os amantes obtinham vantagens invocando-la.
Bragi era o deus da poesia, e suas canções recordavam os feitos dos guerreiros. Sua esposa, Iduna, guardava em uma caixa as maçãs que os deuses comiam para rejuvenescer, sempre que sentiam estar se aproximando da velhice.
Heidall era o vigia dos deuses, e, portanto, permanecia nas fronteiras do céu para evitar que os gigantes forcem sua passagem sobre a ponte Bifrost. Ele precisava dormir menos que um pássaro, e enxergava tão bem à noite quanto de dia e a cem milhas em sua volta. Seu ouvido é tão agudo que nenhum som lhe escapa; pode ouvir ate mesmo o crescimento da grama no chão e o da lã no dorso de uma ovelha.
Havia ainda um outro deus, descrito como o caluniador dos deuses e o articulador de todas as fraudes e maldades. Seu nome era Loki. Ele era belo e tinha um corpo bem-proporcionado, mas era também de gênio intragável e cheio de más intenções. Pertencia à raça dos gigantes, porem entrara a força no convívio dos deuses, e parecia, salva-los do perigo graças a sua inteligência e habilidade, Loki tinha três filhos. O primeiro era o lobo Fenris, o segundo a serpente Midgard e a terceira Hela (Morte). Os deuses não ignoravam que esses monstros estavam crescendo e que algum dia trariam muitos males sobre os deuses e os homens. Então Odin julgou que seria aconselhável mandar traze-los a sua presença. Quando vieram, atirou a serpente dentro do pronfundo oceano que margeia a terra. Mas o monstro havia atingido dimensões tão enormes que, ao enfiar a sua cauda dentro da própria boca, dava uma volta completa em torno da Terra. Hela foi lançada por Odin dentro do Niffleheim e ganhou o poder sobre nove mundo (ou regiões), nos quais distribuía aqueles que lhe eram enviados, ou seja, os que morriam em conseqüência da velhice ou enfermidade. O seu palácio era chamado de Elvidner. Sua mesa era a Fome, a Desnutrição era a sua faca, a Demora era seu criado, a Vagareza a sua empregada, o Precipico era sua porta, a Preocupação era sua cama, e o Fogo da Angústia formava a paredes de seus aposentos. Hela podia ser facilmente reconhecida, pois seu corpo era metade cor-de-carne e outra metade azul, e possuía uma fisionomia horrível e amedrontadora.
O lobo Fenris criou aos deuses uma série de problemas antes que fossem capazes de acorrenta-lo; ele quebrava as correntes mais poderosas como se fossem simples teias de aranha. Finalmente os deuses enviaram um mensageiro aos espíritos da montanha, que forjaram para eles uma corrente chamada Gleipnir, feita de seis substâncias: o ruído produzido pelo andar de uma gado, a barba de mulheres, as raízes das pedras, a respiração dos peixes, os nervos (sensibilidade) dos urso e a saliva das aves. Quando terminada, a corrente era tão macia e tão lisa quanto a seda. Quano, todavia, os deuses pediram ao lobo que permitisse ser atado com aquela fita aparentemente frágil este ficou desconfiado, acreditando em ser preso se um dos deuses enfiasse a mão em sua boca a titulo de garantir de que a corrente seria removida depois. Tir (o deus das batalhas) foi o único que teve coragem o suficiente para faze-lo. Mas quando o lobo descobriu que não poderia romper a corrente e que os deuses não o libertariam arrancou a mão de Tir, e desde então o deus tornou-se maneta.
Como Thor pagou ao gigante da Montanha o seu salário
Certa vez, quando os deuses estavam construindo suas moradas e já haviam terminado Midgard e Valhala, um artífice surgiu e ofereceu-se para edificar-lhes uma residência tão fortificada, que ali os deuses tarariam perfeitamente protegidos das incursões dos gigantes do Gelo e dos gigantes da Montanha. Mas, como pagamento por esse trabalho, exigia a entrega da deusa Freya, juntamente com o sol e com a lua. Os deuses concordaram com sus condições, desde que o artífice se comprometesse a completar a empreitada sem o auxilio de mais ninguém e no período de um único inverno. Caso alguma parte da obra estivesse inacabada no primeiro dia do verão ele deveria renunciar o prêmio prometido. Em vista dessas exigências o artífice estipulou que teria de usar seu cavalo Svadilfair, o que, graças ao conselho de Loki, lhe foi concedido. O artífice iniciou a obra no primeiro dia do inverno e, durante a noite, deixava o seu cavalo carregando pedras para a construção. O enorme tamanho das pedras surpreendeu os deuses, e eles compreenderam claramente que o cavalo trabalhou muito mais que o seu mestre. O acordo, contudo, já estava acerto e confirmado por força de juramento solenes, já que sem essas precauções um gigante não poderia permanecer em segurança entre os deuses, especialmente quando Thor estava prestes a retornar de uma expedição que havia realizado contra certos demônios.
Quando o fim do inverno se aproximou o edifício estava muito adiantado, e os baluartes já estavam altos e maciços o suficiente para caracterizar o local como inexpugnável. Em resumo, quando faltavam apenas três dias para o inicio do verão, a única parte inconclusa da morada era a sua porta. Então, os deuses sentaram-se em seus tronos de justiça e passaram a discutir sobre quem os teria aconselhado a entregar Freya numa barganha desse tipo, o que naturalmente mergulharia os céus na escuridão, pois o gigante levaria consigo o sol e a lua.
Todos eles concordaram que o único que poderia ter dado um conselho deste tipo seria Loke, o autor de tantas maldades, e que este deveria ser executado de modo cruel caso não articulasse uma forma de prevenir o artífice de terminar a sua tarefa, obtendo a recompensa combinada. E já estavam prestes a agarrar Loki quando este, apavorado, prometeu sob juramente, que, não importava o que isso lhe pudesse custar, encontraria uma saída para que o homem perdesse o seu premio.
Naquela mesma noite, quando o homem se dirigia com Svadilfair ao edifico de pedra, uma égua saiu, de repente, da floreta e começou a relinchar. O cavalo fugiu de seu dono e correu para a floresta atrás da égua, o que forçou o homem a seguir o cavalo, e, assim perdeu-se uma noite inteira, e quando chegou a alvorada, o trabalho não havia progredido como de costume. O homem percebendo que não conseguira completar a tarefa, reassumiu a sua verdadeira estatura gigantesca. Foientão que os deuses viram claramente que se tratava de um gigante da Montanha que se infiltrara entre eles. Vendo que não mais estavam presos ao juramento chamaram Thor, que imediatamente veio para lhes prestar auxilio, e, erguendo o seu martelo, pagou ao trabalhador o seu salário, não com o sol ou com a lua, nem mesmo o enviando de volta para Jotunheim, pois ao primeiro choque do martelo a sua cabeça foi despedaçada e o seu corpo dói lançado ao Niffleheim.
Ocorreu certa vez que o martelo de Thor caiu em poder do gigante Thrym, o qual o enterrou em uma profundidade de oito braças (dezesseis metros), sob as rochas de Jotuheim. Thor enviou Loki para negociar com Thrym, mas o máximo que obteve foi a promessa do gigante que devolveria a arma se Freya consentisse em ser a sua noiva. Loki voltou e informou o resultado de sua missão, mas a deusa do amor ficou horrorizada com a idéia de oferecer os seus encantos ao rei dos gigantes do Gelo. Nessa emergência Loki persuadiu Thor a vestir-se com roupas de Freya e acompanha-lo ate Jotunheim. Thrym recebeu a noiva, que tinha um véu sobre o rosto, com a devida cortesia, mas teve uma grande surpresa na hora do jantar, quando a viu comer oito salmões, um boi inteiro, alem de outros petiscos regados a três tonéis de hidromel. Todavia Loki assegurou-lhe que ela não comia há oito longas noites, tal era seu desejo de ver o amado, o celebre soberano de Jotunheim. Finalmente Thrym teve a curiosidade de olhar por debaixo do véu da noiva, mas recuou apavorado e quis saber porque os olhos dela faiscavam. Loki repetiu a mesma desculpa e o gigante ficou satisfeito. Este ordenou que o martelo fosse trazido e colocado sobre o colo da donzela. Neste momento Thor livrou-se do disfarce, agarrou a sua arma e matou Thrym e seus seguidores.
Freya também possuía uma arma maravilhosa, uma espada que espalhava por si mesma uma carnificina sempre que o dono assim desejasse. Frey perdeu a sua arma, mas foi menos feliz do que Thor, pois jamais a recuperou. O fato se deu assim: certa vez Frey subiu ao trono de Odin, de onde pode enxergar o Universo inteiro, e, olhando ao redor, avistou a distancia, nos limites do domínio do rei dos gigantes, uma linda donzela; e daquele momento em diante passou a sentir uma tristeza repentina, de tal modo que não conseguia nem dormir, nem beber, nem falar. Finalmente, Skirnir, seu mensageiro, conseguiu descobrir o seu segredo e ofereceu-se para buscar-lhe a donzela, desde que a recompensa para tal feito fosse a famosa espada. Frey consetiu e deu sua arma. Skirnir partiu em sua viagem e obteve da donzela a promessa que, dentro de nve noites, iria a um certo lugar onde desposaria Frey. Quando Skirnir informou o sucesso de sua viagem, Frey esclamou:
Longa é uma noite,
Longas são duas noites,
Mas como hei de suportar três?
Bem mais curto parecia
Um mês para mim,
Do que a metade desse tempo.
Então Frey obteve Gerda, a mais bela entre todas as mulheres, mas perdeu a sua espada.
Os Edas ainda mencionam outra classe de seres inferiores ao deuses, mas também detentores de muito poder: os elfos. Os espíritos brancos, ou elfos da luz, eram extraordinariamente belos, mais brilhantes que o sol, e trajavam veste feitas de tecido delicado e transparentes. Amavam a luz, eram amigos dos seres humanos e geralmente tinham a aparência de adoráveis crianças louras. Seu país era conhecido como o Alfheim e ra de domínio de Frey, o deus do sol, sob cuja luz eles sempre folgavam.
Es elfos negros (ou da noite) eram criaturas de uma espécie diferente. Eram anões, feios, narigudos e tinham uma coloração que lembrava sujeira. A pareciam somente à noite, pois evitavam o sol como se fosse o mais mortal dos inimigos, cujos raios, se caíssem sobre eles, transformariam-nos imediatamente em pedra, Tinham como linguagem o eco da solidão e, como moradas, as cavernas subterrâneas e as covas. Supunha-se que tivessem se originado das larvas produzidas do cadáver em decomposição de Ymir. Mais tarde os deuses lhe teriam concedido forma humana e grande inteligência. Destacavam-se pelo conhecimento dos poderes misteriosos da naturaza e pelas letras rúnicas, que esculpiam e explicavam. Eram os mais hábeis artífices dentre os seres, e trabalhavam com metais e madeira. Dentre suas produções notáveis, destacam-se o martelo de Thor e o navio Skidbladnir, que ofereceram a Frey, e que era tão grande que nele caberiam todas as divindades com seus artefatos de guerra e utensílios domésticos, mas construído com tal engenhosidade, que podia ser dobrado e colocado dentro de um bolso.
Não se pode viajar extensamente pela Dinamarca, Noruega ou Suécia, sem se encontrar grandes pedras de formato diferentes que tem gravados os caracteres chamados rúnicos, à primeira vista diferentes de todos os outros que conhecemos. As letras consistem, quase invariavelmente, de varinhas retas, dispostas isoladamente ou juntas umas com as outras.
Essas varinhas eram usadas, nos tempos primitivos, pelos povos nórdicos, para predizer os acontecimentos futuros. Sacudiam-se e, pelas figuras que formavam, faziam-se as adivinhações.
Os caracteres rúnicos são de vários tipos, sendo usados principalmente para finalidade mágicas. Os malignos, ou runas amaros, como eram chamados, eram empregados para causae ao inimigo varias espécies de mal, e os caracteres benignos para evitar o infortúnio. Alguns tinham finalidades medicinais, outros eram empregados, para a conquista do amor, etc. Em épocas posteriores passaram a ser empregados, com freqüência, em inscriçõs, mais de mil das quais foram descobertas. A língua é um dialeto do godo, chamado norreno, ainda usado na Islândia. As inscrições podem, portanto, ser lidas, mas, ate agora, foram encontradas muitos poucas capazes de trazer qualquer esclarecimento sobre fatos históricos. Em sua maior parte são epitáfios gravados em túmulos.
Ragnarok – O crepúsculo dos Deuses
Os povos nórdicos acreditavam verdadeiramente que viria o dia da destruição para todas a criação visível, para os deuses do Valhala e Niffleheim, para os habitantes de Jotunheim, Alfheim e Midgard, juntamente com suas habitações. Contudo, esse terrível não chegaria sem aviso. Primeiro viria um inverno tríplice, durante o qual cairia neve dos quatro cantos do céu, o frio seria severo, o vento cortante, o tempo tempestuoso e o sol não daria a graça de seus raios de luz. Três invernos desses passariam em seguida, sem serem amenizados por um único verão. Depois três outros invernos similares se sucederiam, durante os quais a guerra e a discórdia se espalhariam pelo universo. A própria terra ficaria amedrontada e começaria a tremer, o mar abandonaria seu leito, o céu se abriria e os homens pereceriam em grande numero, e as águias do ar se deliciariam com corpos semimortos. O lobo Fenris romperia as correntes que o prendem, a serpente Midgard se levantaria do sei leito marítimo e Loki, liberto de seus grilhões, juntar-se-ia aos inimigos dos deuses. No meio da devastação geral, os filhos de Musplheim, comandados por Sutur, atacariam, deixando chamas devastadoras de fogo ardente por toda parte. Cavalgariam sobre Bifrost, a ponte do arco-íris, que se quebrada, que se quebraria sob os cascos dos cavalos. Contudo, sem se importarem com a queda, prosseguiriam rumo ao campo de batalha, chamado Vigrid, para onde também partiriam o lobo Fenris, a serpente Midgard, Loki, com todos os seguidores de Hela e os gigantes do Gelo.
Heindall agora iria se levantar e tocaria a trombeta Giallar para reunir os deuses e heróis para a peleja. Os deuses vançariam, chefiados por Odin, que atacaria o lbo Fenris, mas sucumbido perante o monstro, que, por sua vez, seria morto por Vidar, filho de Odin. Thor ganharia grande reputação matando a serpente de Midgard, mas recuaria e cairia morto, envenenado pelo monstro moribundo a vomitar seu veneno sobre ele. Loki e Hendall enfrentar-se-iam e lutariam ate a morte. Tendo os deuses e seus inimigos se engalfinhado em batalha, Surur, que já teria matado Frey, espalharia chamas pelo mundo inteiro, e todo o universo seria consumido pelo fogo. O sol se apagaria, a terra.se afundaria no oceano, as estrelas cairiam do firmamento, e o tempo deixaria de existir.
Depois disso, Alfadur (o Todo-Poderoso) fará que um novo céu e uma nova terra surjam do mar. A nova terra, com suprimentos em abundância, produzira seus frutos espontaneamente, sem necessidade de trabalho ou maiores cuidados. A maldade e a miséria serão banidas da face da terra, e os deuses e os homens viverão felizes e unidos para sempre.
A mitologia nórdica não trata somente dos deuses e das criaturas supernaturais, mas também sobre heróis e reis. Muitos deles, provavelmente, existiram realmente e as gerações de estudiosos escandinavos tentam extrair a história do mito a partir das sagas. Às vezes, o mesmo herói ressurge em diversas formas dependendo de que parte do mundo germânico os épicos sobreviveram. Como exemplos temos o Völund/Weyland e Siegfried/Sigurd, e provavelmente em Beowulf/Bödvar Bjarki. Outros heróis notáveis são Hagbard, Starkad, Ragnar Lodbrok, O Anel de Sigurd, Ivar Vidfamne e Harald Hildetand. Notáveis também são as shieldmaidens, que eram as mulheres "comuns" que tinham escolhido o caminho do guerreiro.
Seres e Monstros Relacionados:
- Fenrir
- Kraken- Elfos- Dwarfs- Valquirias- Orc- Trolls- Goblins
Sobre os monstros, já existem alguns tópicos sobre eles, mas estarei criando outros sobre os mesmos.
O livro de Ouro da Mitologia: Histórias Sobre Deuses e Heróis (A idade da Fabula), Thomas Bulfinch, Martin Claret, 2006.
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Com este tópico se encerra o planejamento feito por mim. Por enquanto é apenas isto, como já disse, se a aprovação for boa, estarei criando outros tópicos sobre as devidas mitologias relacionadas ao jogo.
Erros, duvidas ou sugestões, me envie uma MP ou faça um post neste tópico.
Espero que tenham tido um aproveitamento excelente e preenchido um pequeno buraco de vossa ignorância (é a uma forma formal de se dizer que o mesmo não tem conhecimento suficiente para criar uma discussão sobre o assunto) relacionada a tudo o que acabara de ler.
Sem Mais...
//VOXNOT