O Marrom da Vida
Dois parceiros, amigos, irmãos... Cada um com seu modo de vista, com suas próprias idéias e pensamento, guerrilhando por algo que julgam correto, lutando individualmente um por propósito, mas juntos em um único barco. Vêem-se em uma intriga ancestral, deixada e sustentada por gerações em todo o mundo, criada com um único objetivo e que os levara para conclusões surpreendentes:
- Quem somos? E por que estamos aqui? - Pronunciou Ventras.
- Somos humanos e estamos aqui por uma única razão: A destruição - Respondeu Mithgryn.
- Mas por que fazemos isto? Perguntou Ventras, novamente.
- É de nossa natureza, vivemos no caos, com ódio e fervor em nossos corações. Lutamos sempre por algo a mais, alguma coisa que não está em nossas mãos e que precisamos adquirir somente por pura ganância. Respondeu Mith entusiasmado.
- Essa nossa "ganância" ela tem um fim? - Suas dúvidas não se acabavam.
- Quase sempre não, ela é como uma estaca finca em nosso peito, nem sempre sobrevivemos... Perecer junto com esse "poder" claramente seria uma das soluções...
- Quais seriam as outras? Viu-se agora com animo para mil perguntas.
- Compaixão, amar pode ser o caminho mais curto para a abolição desse problema. Mas a ganância nem sempre é ruim, em certos momentos é ela quem nos traz a vontade pela qual trabalhamos e lutamos no mundo a fora, sempre buscamos algo e é essa ganância que nos da força e vontade para continuar.
- Por que não lutamos contra esse nosso desejo de destruição? Indagou Ventras.
- Porque simplesmente gostamos disso... - Mith sorriu.
- Como assim? Pronunciou o amigo perplexo.
- Gostamos de acabar com aquilo que nos perturba, não temos coragem ou vontade de ajudar a resolve-lo, esse é o caminho mais fácil para as trevas...
- Existe um caminho para o bem?
- Claro! Sempre existiu o "Bem" e o "Mal", para tudo existe o contrário - Ele fez uma pausa - para tudo!
- E qual séria o nosso contrário?
- Diga você mesmo - Perguntou Mth, sorrindo.
- Mas como? Ventras ainda estava confuso.
- Em que você acredita?
- Acredito nos deuses em que louvamos e que são eles quem mantém a ordem na natureza - Respondeu ele com certeza.
- E se revelassem a você que nada disso existe, que nenhum destes deuses ou forças sobrenaturais expõem seu poder sobre nós e que tudo pelo qual um dia lutamos e acreditamos é uma farsa? Que milhões perecem por uma falsa entidade, que nossas guerras são em nome de alguém que não existe? Perguntou Mith com fervor nos olhos.
- Eu diria que era louco! Pronunciou Ventras furioso.
- E... Por que?
- Pois tudo tem um propósito e que não surgimos do nada, viemos de algum lugar, surgimos da vontade de alguma coisa - Ele parou para refletir - Essa é a única resposta.
- E se eu lhe disser que um novo conceito esta nascendo, criado por um homem que acredita que vivemos uma mentira imposta pelos nossos ancestrais - Mith estava adorando aquele debate.
- E qual seria o nome disso?
- O homem que nela acredita, a chama - Ele fez uma pausa estratégica - de ciência...
- E o que essa... Ciência! nos propõem?
- Ela nos indica o caminho da sabedoria, nos mostra uma outra visão sobre tudo, usando apenas uma única coisa...
- Que seria...
- Raciocínio e lógica... Disse Mith, adivinhando a próxima frase.
- Mas são duas coisas... Indagou Ventras, ainda mais confuso.
- Que estão ligadas diretamente. O sorriso frio de Mith congelava a alma de seu amigo.
- Mith, já falei para você não invadir a biblioteca de Azarham, ela é sagrada e merece nosso respeito.
- E se eu não estiver indo lá? E se eu conhecer essa mente inovadora também quanto qualquer outro? E se eu for essa mente?
...
Um Surto! Doce Gole
Sem mais...
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